Tabajara é um nome de umas das tribos indígenas que viveram como comunidades ribeirinhas em nossas praias e nos afluentes do rio Jaguaribe. O homem branco infelizmente extinguiu quase todos, e os que restaram fugiram para o sertão se adaptando a outros costumes, em séculos de descobrimento do Engano-Brasil. Mas o nome ficou e continua na cultura do Aracati, apesar de pouco estudo ser feito sobre o assunto.
Estive neste sábado, 25 de julho, no bairro da Tabajara, um dos mais conhecidos como área de risco, e comprovei outra realidade; outro Aracati que não falam, desconhecido e desclassificado pela Mídia, e até então pelos políticos. Vi gente simples, cheia de talento na culinária, sem envolvimento com o crime e a drogas. Carência é um conceito amplo que pretendemos mostrar em outros aspectos.
Há um grande anseio da comunidade em se desenvolver e se responsabilizar pela questão social no ambiente que estão inseridos. Há repressão sim, violência, adolescentes grávidas, muitos jovens fumantes, mas há pessoas de atitude, esforçados e não conformados com uma realidade difícil. É preciso entender que há outros aspectos ressaltados então. Há muitos seres humanos comprometidos e totalmente a serviço do desenvolvimento local.
Até porque muitos jovens de lá passaram pelo Centro de Juventude e Cidadania, CJC, e assim segue todo um conceito que temos quando o Governo vai até essa gente e participa da realidade. Preceito no jornalismo ser fundamental.
Vi gente doente, paraplégicos contentes e conformados, crentes, muitos jovens envolvidos com as drogas, mas que almejam se saírem, e muita gente compromissada com o futuro pessoal; muitas crianças vulneráveis à violência, mas felizes com o momento de alegria e cultura proporcionado.