quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cães Perdidos e Anjos Decaídos

ARTIGO

Jornalistas são Cães Perdidos,
Radialistas são Anjos Decaídos.


Os heróis da mídia são os jornalistas que ganham a vida numa saga perpétua pela busca da verdade. Hoje, informação é substância vital para sobrevivência humana. Os radialistas serão os últimos a informar o fim do mundo, já diziam os teóricos da comunicação no início dos anos 80. Na verdade, e na minha opinião, nascerá um novo tipo de comunicador daqui há cerca de 10 anos, com a plenificação do sistema digital em toda a malha de telecomunicações do planeta.

O jornalista é um analista, e o radialista um artista.

Disputar audiência no rádio aracatiense, por exemplo, é um desafio supéravel se, os diretores de rádio AM não desobedecerem a regra do rádio AM em atingir o público adulto: futebol, jornalismo, política e religião. Já o FM é jovem e musical; o diferencial é a gestão dos conteúdos, a criatividade e os recursos técnicos da informática.

Por isso, anjos decaídos. Caídos na mesmice da seleção musical moderna de forró prioritariamente...

No livro “Jornalismo: a saga dos cães perdidos” de Ciro Marcondes Filho, há uma frase: “O controle do saber e da informação funcionava como forma de dominação, de manutenção da autoridade e do poder, assim como facilitava a servidão”. Comentário histórico sobre o primeiro modelo de jornalismo de 1789 à metade do secualo XIX. Não é o som mono; não são os microfones velhos e os recursos técnicos escassos. É o besteirol argumentado de interesses polítiqueiros que ganham eleição nem aqui, nem na China, nem no cabaré de Alzira ou Odete. É a informação trabalhada. Tudo favorece e contempla a massificação que precisamos.

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